A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Com o crescimento do acesso a internet e a redução dos custos de produção e distribuição de conteúdo em áudio e vídeo através das plataformas digitais, muitas pessoas, de uma hora para outra, ganharam voz. Essa democratização da informação fez com que o número de indivíduos produzindo conteúdo de forma independente crescesse em todo o mundo.
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Mesmo em países onde as ditaduras dominam a cena política ou em países onde o radicalismo religioso tenta impedir que alguns grupos sejam ouvidos, mesmo assim, as vozes dos dissidentes e daqueles que fazem parte da resistência pela democracia e pelos direitos humanos conseguem se fazer ouvir através de vídeos gravados e postados dos celulares em plataformas como o YouTube e o Whatsapp.
O monopólio dos grandes grupos de comunicação foi quebrado, o controle dos meios, já não está nas mãos de poucas pessoas que decidem aquilo que será ou não publicado. Hoje em dia, quem decide o que é relevante ou não, é o público, é a audiência. O poder deixou de estar na mão das grandes redes de televisão e passou a estar na mão de qualquer pessoa que tenha algo relevante e importante a dizer.
A democratização da informação fez com que o número de indivíduos produzindo conteúdo de forma independente crescesse em todo o mundo
Os meios digitais, estão permitindo cada vez mais, que o público faça parte da construção do conteúdo veiculado através da sua participação ativa, seja enviando áudios, compartilhando vídeos, ou simplesmente deixando o seu comentário. Hoje em dia, jornalistas independentes podem ter os seus próprios portais de conteúdo, mesmo quando não são contratados de uma grande agência de notícias.
Porém, existe um lado obscuro e perigoso nessa oferta abundante de conteúdo, muitas vezes falta critério, falta o zelo pela verdade, falta a competência para desenvolver o pensamento de maneira estratégica. O conteúdo publicado diretamente pelos usuários da rede, as vezes carece de cuidado na análise dos fatos, outras vezes é contaminado pelo viés político e grande parte é raso e sem profundidade no que diz respeito a pesquisa de informações e no desenvolvimento da pauta.
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Muitos produtores de conteúdo independentes, confundem falar da sua vida pessoal e das suas escolhas de consumo com jornalismo. Outros exploram a ostentação e a sexualidade para conquistar seguidores, outros ainda, atraem o olhar das pessoas com promessas de ganho fácil, isso não é jornalismo, isso não é sequer produção de conteúdo, isso é no máximo, um perfil pessoal travestido de notícia ou “influenciadores” tentando ganhar dinheiro se aproveitando da boa-fé e da confiança dos seus seguidores.
Os verdadeiros produtores de conteúdo, aqueles que tem algo relevante a dizer, aqueles que estão em busca de abrir a mente das pessoas para temas importantes para a sociedade, precisam seguir cada vez mais os critérios do bom jornalismo, precisam ter zelo e cuidado na apuração dos fatos, precisam encontrar espaço para a sua voz sem se deixar levar pela vaidade de conquistar milhões de seguidores.
Os meios digitais, estão permitindo cada vez mais, que o público faça parte da construção do conteúdo veiculado através da sua participação ativa, ampliando a democratização da informação
Ter milhões de seguidores não define a qualidade do seu conteúdo, ter milhões de seguidores não define o impacto do seu conteúdo, não define a relevância da sua voz. Ter milhões de seguidores significa apenas que o seu “rebanho” é grande, resta saber de que maneira o seu conteúdo transforma a vida destas pessoas e que tipo de mensagem chega ao mundo através da sua voz.
Resta saber se a sua opinião está ou não trazendo um novo olhar, uma nova perspectiva sobre os fatos, se a sua análise da informação publicada está trazendo para o seu público um novo ângulo de visão sobre aquela notícia. O bom jornalista é aquele que procura enxergar além do obvio, é aquele que procura encontrar as conexões entre os fatos, o jornalismo de qualidade, é feito através da análise da informação e do pensamento crítico.
Ter milhões de seguidores não define a qualidade do seu conteúdo, ter milhões de seguidores não define o impacto do seu conteúdo, não define a relevância da sua voz
O bom jornalista não está preocupado com número de likes que a sua matéria vai receber, ou quantas pessoas vão compartilhar aquilo que ele publicou, o compromisso do bom jornalista é com os fatos, o bom conteúdo é aquele que faz as pessoas pensarem, é aquele que amplia a visão do público, é aquele, que traz um olhar diferente sobre informação.
O papel dos jornalistas independentes é crítico nesse mundo de pós-verdade em que vivemos, onde os fatos são manipulados e transformados em fake news até mesmo por grandes veículos de comunicação. O jornalista independente, que fala diretamente com as pessoas, está conquistando um papel cada vez mais relevante em um cenário onde a informação e a notícia estão sendo transformadas em armas de uma guerra ideológica.
O bom jornalista não está preocupado com número de likes que a sua matéria vai receber, ou quantas pessoas vão compartilhar aquilo que ele publicou, o compromisso do bom jornalista é com os fato
O nosso papel como jornalistas independentes é assumir um compromisso inabalável com a verdade, nosso papel é apresentar todos os ângulos da notícia, é tratar a informação como “luz” que ilumina as consciências e não como “arma” que fere, que destrói e mata a liberdade de expressão que foi conquistada, como diria Winston Churchill: “com sangue, trabalho, suor e lágrimas”.
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Autor: Prof. Jorge Menezes é palestrante, jornalista, escritor, colunista nas áreas de empreendedorismo e negócios. CEO da Radar Executivo Business School, Head of Content da Revista Radar Executivo, Apresentador do Canal Radar Executivo no YouTube e do Podcast Radar Executivo no Spotify. É autor de vários best-sellers: Aprenda a Negociar com os Tubarões® (2013), Transformando Networking em Negócios® (2015) e O Código Secreto da Venda® (2020) todos publicados pela Editora Alta Books.